terça-feira, 30 de novembro de 2010

Serie: Conceitos Básicos - Parte 4

Nível Usuário

Muito bem! Como começamos a falar sobre padronização, nada melhor que apresentar alguns exemplos para que você possa perceber melhor que não são somente os carros que têm o mesmo padrão para serem utilizados (ok, facas de cozinha, celulares, até mesmo portas têm os mesmos princípios em tudo quanto é lugar...; coloque uma porta brasileira na frente de um japonês para ver se ele não sabe abrir... =D)

Então, afinal, qual é a grande diferença entre sistemas operacionais que fazem com que muita gente ache que é tão difícil mudar? Para começar, se você conhece alguém que só de saber que você usa Linux já se recusa a te ajudar, não ligue, essa pessoa só está tentando dificultar as coisas, pois, se você acha que ela é capaz de ajudar você com algo simples, provavelmente ela seria mesmo, independente de você usar Linux ou BrOffice ou LibreOffice..... e por aí vai. A cara deles e as funções no fundo são todas iguais.


Então, se a cara é a mesma e as funções também, porque mudar de sistema? Bem, não é nosso foco agora, mas nós já falamos sobre isso. Dê uma olhadinha nos outros artigos que você vai encontrar. Uma rápida pesquisa na Internet também ajuda. =D

Toda vez que alguém vai desenvolver um programa há duas opções a seguir: 
  • trabalhar com os modelos mais comuns para a interface gráfica e ajustar a posição dos itens de acordo com as informações que a interface vai tratar;
  • criar uma estrutura completamente nova, diferente, porém, usando os mesmos itens acima;
Cada uma dessas opções têm vários prós e contras, o principal deles talvez seja apenas um: facilidade de uso!
Poderíamos dividir esse ponto em facilidade de aprendizado e fluência do trabalho.

Na questão facilidade de aprendizado, não há segredos. Se a interface se parece com muitas outras interfaces que o usuário conhece, não apenas na estrutura mas também nos nomes das funções (por exemplo: Negrito significa destacar o texto engrossando as letras, não faz sentido colocar num programa uma função chamada Enegrecer...). As cores também influenciam, ninguém vai colocar uma mensagem de alerta crítico num sistema com cores como azul, branco, etc para chamar atenção do usuário. Vai usar vermelho mesmo... =D

Na questão fluência do trabalho (ok, usabilidade para os puristas... =D), a questão é um pouco mais complicada. Veja só, o "preço" de aprender a usar um sistema é pago apenas um vez. Porém, o preço de usar o sistema todos os dias é pago.. todos os dias! =D Quanto mais você um sistema ruim, lento, que trava, etc, mais você paga, e é caro... =D
Esse é o problema de fazer algo inovador. Se os desenvolvedores não tomam cuidado, permitem que a criatividade atropele o bom senso e criam interfaces até bonitas de ver, mas que não permitem que o usuário tenha uma boa fluência para cuidar de seu trabalho. Vocês devem conhecer alguns exemplos disso... tenho certeza... =D

Por isso, o Linux não tem grandes diferenciais quando o assunto é aprender a usá-lo. Uma boa comparação é que se você colocar duas pessoas que nunca usaram computador na frente de dois sistemas (Linux e outra opção), a tendência é que ambas aprendam a usar o sistema no mesmo tempo. O diferencial do Linux é justamente a sua segurança, sua estabilidade, o fato de ele ser livre para usar e modificar e também a sua adaptabilidade.
Adaptabilidade tanto para você deixar ele com a sua cara, quanto para usar em outras áreas como em celulares, carros, etc.

Vamos dar uma olhada na interface do Gnome, o gerenciador de janelas padrão do Ubuntu (vá na sessão de imagens do Google e pesquise por KDE, Gnome, XFCE, Fluxbox... e tem outros também).
Desktop Gnome

Perceba que essa interface não segue tanto os padrões, na medida em que ela implementa  uma visão diferente do que a maioria conhecer como área de trabalho. Quanto a facilidade de uso, como você está em contato com o ambiente o tempo todo, logo você percebe como é fácil usar o ambiente. Por outro lado, os nomes usados nos programas e em alguns componentes não pode ser iguais em todos os sistemas, principalmente porque nome de programa é uma marca e marcas são registradas... =D

No mais, todos os elementos presentes permitem que você faça todas atividades que faria em outros sistemas (é claro que estamos falando o uso diário), acessar programas, configurações e dispositivos pelo menu de programas, calendário, os programas abertos na barra de tarefas, os ícones da área de trabalho, que o autor brigou um monte com o Gimp para fazer a imagem. (detalhe, o Gimp é um ambiente excelente, mas eu não tenho talentos na área de design gráfico... =D)
Tudo aí! Essa área de trabalho do Gnome é bom exemplo de inovação com facilidade de uso, pois apesar de ela fugir um pouco da estrutura comum, ela continua sendo fácil de usar. Ou seja, você paga um pequeno preço para aprender e depois é só alegria!

Nessa primeira imagem nós podemos perceber os principais componentes  de uma área de trabalho padrão. Os menus, a barra de tarefas, a área do system tray (onde ficam alguns ícones de atalho para programas e onde alguns programas colocam seus ícones quando estão em execução) e a área de trabalho propriamente dita, onde as janelas dos programas ficam, seria a área útil da tela.

Nas imagens seguintes destacamos o principal menu, onde ficam os programas instalados, a Central de Programas onde você uma interface bem bonita para instalar novos programas. Como já dissemos, no Linux você dificilmente vai precisar procurar um programa em sites, pois quase todos os programas disponíveis (mais de 30 mil) ficam disponíveis diretamente no site da distribuição, no nosso caso, do Ubuntu. Isso é bem mais seguro que baixar programas de sites desconhecidos, não é?? =D

Menu Aplicativos

Nesse menu você pode perceber a preocupação com organização no Linux. Todos os programas são distribuídos por área, o que facilita muito na hora de procurá-los. Cada um destes menus tem várias opções de programas para você usar.

Menu Locais

Nesse menu, Locais, onde você acessa as principais pastas de sua home (pasta pessoal =D). Os atalhos que aparecem aqui são facilmente configuráveis para você acessar rapidamente o que precisa. A opção "Conectar ao servidor..." fornece uma interface bem simples para você configurar novas conexões a outros computadores da rede que estão compartilhando pastas.

Menu Sistema

No menu Sistema você tem acesso às configurações gerais (que estão nesse menu Administração) e a configurações pessoais que fica no menu preferências. As opções do menu administração pode ser acessadas de qualquer usuário, mas você precisará informar um usuário e senha com privilégios para fazer algumas alterações, bem diferente de outros sistemas fuleiros onde a recomendação é que você acesse com o usuário mais poderoso para fazer as alterações... =D

Pois bem pessoal, é isso. Agora você já sabe um pouco mais sobre os custos de uso dos sistemas e que apesar de gastar um pouco de tempo para aprender Linux você vai ter muitos benefícios depois. Faça o teste!!! Mas não esqueça, você não está sozinho, busque ajuda da comunidade que vai sempre estar pronta para te ajudar.

Jesus o abençoe! Esse nome tem poder!

3 comentários:

  1. Caro, desculpe, mas não concordo de forma nenhuma quando vc se refere ao Gnome dessa forma: "Perceba que essa interface não segue tanto os padrões quanto a facilidade de uso". De certa forma eu acho o Gnome de longe muito mais organizado e fácil do que KDE. O padrão do Gnome segue a linha da Apple (não é tão inovador) e nunca foi difícil, pelo contrário, é direto. Uma das grandes questões do Linux é a sua possibilidade de customização. Uso o Docky e não tenho a barra inferior. Seu comentário a respeito do Gimp não encoraja em nada os usuários.
    E não entendi muito bem o seu foco nesse post. Na verdade achei muito superficial. Poderia abordar as vantagens do Gnome e como configurá-lo usando "gconf-editor", por exemplo, ou então como criar novos itens de menu e esconder outros. Abordar o poder de customização encoraja mais do que se referir a outros sistemas como "Fuleiros". O Linux não é o melhor, ele é uma OPÇÃO. A grande vantagem é TER esse poder de ESCOLHA. Isso é que faz o mundo Linux tão maravilhoso.

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  2. Meu caro Pedro.
    Desculpe ter demorado a responder. Mas eu tive um acidente e acabei esfriando aqui no blog.
    Acabei vendo o comentário somente agora.
    Veja só. De fato, o conteúdo que colocamos aqui no blog é partidário ao Linux, não imparcial. Queremos mesmo defendê-lo como um sistema melhor, não apenas como mais uma opção. Quanto ao dizer que o gnome não segue os padrões de facilidade de uso, não quer dizer que não seja fácil de usar. Na verdade, "seguir os padrões", nesse caso da interface de usuário, está relacionado a não fazer mudanças na interface de modo que os usuários possam sentir-se familiares com os padrões mais comuns. Isso, de fato, o gnome não faz. Basta ver a posição das barras na tela, etc.
    Quanto a ser melhor ou pior que KDE, no mesmo ponto de vista acima, o KDE vai mais no padrão a que o usuário comum está acostumado. Isso tornaria o KDE mais fácil de ser utilizado, mas não é essa a questão alí, ok? No entando, respeito o seu ponto de vista, embora particularmente não acho que se encaixa perfeitamente no contexto, entende? De fato, sempre preferi KDE, mas o Gnome é mais simples e eu gosto muito de simplicidade.
    Por fim, sobre o Gimp, eu de fato não tenho muito tato para manipular imagens, videos, etc... isso não tem nada a ver com o Gimp, inclusive vou mudar o texto para deixar isso claro (eu acho que já fiz isso em outro lugar, mas farei alí de qualquer forma, para garantir =) ).
    Obrigado, abraço.

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  3. Linux...Existem milhares e milhares de distribuicoes...adoro o Linux tbm...ganho inclusive dinheiro com ele...adoro o Trixbox( q eh uma versao baseado no Asterisk)...mais ai esta o problema...nao existe um padrao...se pararmos para pensar a nivel usuário eh muito complicado ele querer fazer a mudanca de SO...sao tantas as opcoes que eles acabam se confundindo...nao tem ele fazer algo simples no sistema....como por exemplo instalar um programa as vezes ele perde algum tempo q as vezes ele nao pode perder...essa ai eh uma vantagem do sistema da Microsoft...eh tudo avancar avancar e avancar...nao estou levando em conta a estabilidade do sistema...somente a facilidade de instalar um simples programa...Mais agora defendendo o MaC OSX...eu nunca fui fan de produtos da Apple...so depois de ter comprado uma camera fotografica de maior porte eh que resolvi da uma olhada no Mac OSX...fiquei encantado com a facilidade que se pode fazer as coisas nele...muito facil de instalar algo, o sistema eh muito clean, estavel, eu rodo meu Mac OSX no meu Mac book por 2 meses so fechando e abrindo a tela do Macbook e o sistema esta ali somente me esperando...pode ser um sistema fechado tbm...mais a qualidade com que sao feitas as coisas ali...e outro ponto eh a incrivel facilidade de uso....nao conheco qualquer pessoa q tenha comprado um Mac e tenha se arrependido...eh muito show....acho q a galera do Linux deveriam rever seus conceitos e levar em consideracao a facilidade do uso do Linux...e ver se diminuem a quantidade de distro que tem por ai...nao me levem a mal...adoro o Linux...mais se quiserem aumentar a quantidade de usuários...deveriam pensar nisso...

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